Que vai demorar muito
para me transformar
na pessoa que quero ser,
e devo ter
paciência.
Mas, aprendi também,
que posso ir além dos limites
que eu próprio coloquei.
Charles Chaplin
Esse fragmento do texto “Aprendi”
do mestre Chaplin, me leva a perguntar: O que, realmente, aprendi, o que,
realmente, realizei em minha longa jornada em direção às luzes da ribalta?
Terei aprendido a “arte” da paciência em busca de meu ideal?
Não sei! ... Não sei!... O que
sei é que a impaciência, ou melhor, a insatisfação com o realizado; o querer
mais, a busca pelo novo, pelo impossível, sempre me impulsionou a dar mais um
passo, a subir mais um degrau.
Aprendi que a cada passo novos
empecilhos, novos desafios se apresentam.
E de que vale a vida sem desafios?
Aprendi, que o verdadeiro prazer
no fazer teatro não encontra nos aplausos, mas no estudar, no descobrir, no
construir, uma personagem, um espetáculo.
Aprendi, que só crescemos como
atores, como indivídos, como cidadãos, quando compartilhamos nosso tempo, nossa
vida, com os colegas, com o público.
Aprendi, que a luz maior das
luzes da ribalta é o ator.
Aprendi, sei, que nada preenche
minha alma, meu ser, como o fazer, como viver teatro.