domingo, 16 de fevereiro de 2020

APRENDI

Aprendi…
Que vai demorar muito
para me transformar
na pessoa que quero ser,
 e devo ter paciência.
Mas, aprendi também,
que posso ir além dos limites
que eu próprio coloquei.
Charles Chaplin


Esse fragmento do texto “Aprendi” do mestre Chaplin, me leva a perguntar: O que, realmente, aprendi, o que, realmente, realizei em minha longa jornada em direção às luzes da ribalta?

Terei aprendido a “arte” da paciência em busca de meu ideal?
  
Não sei! ... Não sei!... O que sei é que a impaciência, ou melhor, a insatisfação com o realizado; o querer mais, a busca pelo novo, pelo impossível, sempre me impulsionou a dar mais um passo, a subir mais um degrau.

Aprendi que a cada passo novos empecilhos, novos desafios se apresentam.  E de que vale a vida sem desafios?
  
Aprendi, que o verdadeiro prazer no fazer teatro não encontra nos aplausos, mas no estudar, no descobrir, no construir, uma personagem, um espetáculo.

Aprendi, que só crescemos como atores, como indivídos, como cidadãos, quando compartilhamos nosso tempo, nossa vida, com os colegas, com o público.

Aprendi, que a luz maior das luzes da ribalta é o ator.


Aprendi, sei, que nada preenche minha alma, meu ser, como o fazer, como viver teatro.