domingo, 12 de julho de 2020



A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM
A CONSTRUÇÃO DO ATOR
A DESCONSTRUÇÃO DO SER

“Todo ato de criação é,
antes de tudo,
um ato de destruição.”
Pablo Picasso

O ator para conseguir sentir o tablado e as luzes da ribalta tem um longo e árduo caminho diante de sí. Tem uma montanha, ou uma escada, como já discutimos, a galgar com vários patamares a serem alcançados, compreendidos, conquistados.

Tem personagens a serem construidos. Um ator a construir. E um ser a desconstruir.

Na construção da personagem: a partir de um texto ou de uma idéia; da proposta e orientações de um diretor, o ator deve dar vida a um ser real ou fictício. Indo além do texto, quando na representaçã de uma personagem histórica: D. Pedro I ou II, Marat, Marquês de Sade, Van Gogh ou Bethoven, por exemplo, precisa debruçar-se sobre sua biografia, sua gênese. Quando a personagem for fictícia deve criá-la.

Acima de tudo uma boa personagem precisa de um bom esteio, de uma base sólida: o ator.

Assim como na construção da personagem a construção do ator deve fundamentar-se no estudo profundo, no conhecimento, domínio e constante aperfeiçoamente de seu corpo, sua voz, seu intelecto, sua cultura.

O ser carrega o ator que por sua vez da vida à personagens.

Como seres humanos somos fruto da história, da nossa gênese, da nossa origem, de um país, de um meio, de uma cultura.

Na descontrução do ser encontramos o individuo como personagens única, singular. Encontramos o artista criador, que vai além do texto, da personagem, da orientação de um diretor.

Como dizia Picasso: “Todo ato de criação é, antes de tudo, um ato de destruição.”
     
Abordo esse tema em meu livro:LUZES DA RIBALTA  Ator e Ser  - Fantasia , sonho e realidade na longa jornada em direção ao palco