VER
OU OLHAR
“Os olhos são as janelas para a
alma.”.
Edgar
Allan Poe
VER
e OLHAR são atos distintos. Para a ciência envolvem partes distintas de nosso
cérebro.
Ver é uma ação mecânica, natural, não desperta interesses não gera
atitudes.
O
olhar é a porta aberta da observação. Exige atenção, interesse, sensibilidade,
provoca sentimentos, emoções, atitudes. As pessoas podem ver a mesma coisa, mas
com olhares muito diferente. A sensibilidade, as emoções, os interesses são
muito diferentes. Dependem do interesse, do conhecimento e da cultura de cada
um.
O
ator precisa ter consciência dessa diferença. Em cena o ator deve estar sempre
olhando: percebendo, sentindo, expressando, emoções, atitudes, interesses. As
personagens, entretanto, nem sempre estão olhando, apenas vendo.
“Os olhos são as janelas para a alma.” Este pensamento atribuído a Edgar Allan Poe,
pode ser considerado como a síntese da importância do olhar. O olhar mais que
qualquer outra reação corporal expressa nossas emoções, sentimentos e
intensões. A alegria e a tristeza, a raiva e o medo, a determinação e a
indolência, por mais que se tente ocultar, estarão sempre expostos na “janela
da alma”.
OLHAR IMPLICA EM COMPROMETIMENTO,
RESPONSABILIDADE.
É preciso saber olhar. É preciso
compreender o olhar.
E isso exige estudo, atenção,
dedicação, ponderação.
O saber olhar além
de nos conectar ao outro, ao mundo, no leva a interiorização, as profundezas de
nossa alma, à percepção e conhecimento de nosso verdadeiro eu.
Abordo esse
tema com maior profundidade em meu livro:
LUZES DA RIBALTA
Ator e Ser
- Fantasia, sonho e realidade na longa jornada em direção ao palco.