sexta-feira, 13 de março de 2020

LUZES DA RIBALTA


Porque dentro de ti está a luz do mundo  
 a única luz que pode iluminar o Caminho.
Se fores incapaz de percebê-la dentro de ti
será inútil procurar fora.
“A luz no caminho”
Mabel Collins

No conceito geral luzes da ribalta são as luzes colocadas no proscênio junto ao chão, iluminando os atores de baixo para cima. A iluminação teatral vem preocupando os encenadores através dos tempos. Já nos primórdios do teatro, no teatro grego e romano onde o palco era iluminado apenas com a luz do Sol, havia a preocupação em construir os teatros onde havia abundante iluminação solar. Durante a idade média durante a apresentação dos dramas litúrgicos dentro das igrejas a iluminação solar era, também, excencial.

Foi a partir do século XVI que Teatro passou a ser apresentado dentro de espaços fechados e, era iluminado por tochas e velas evoluindo posteriormente, a partir de 1783, para os lampiões. Mas esse tipo de iluminação tinha o inconveniente do mau cheiro.  O gás depois de ser utilizado na iluminação nas ruas a partir de 1803 e depois de 1840 nas residências, invadiu os palcos em 1850. Mas foi após a invenção da luz elétrica em 1879 que a iluminação passou a exercer maior importância no espetáculo teatral, chegando, nos dias de hoje, em certos espetáculos, a assumir a função de prima dona.

Entretanto, a iluminação dos teatros levou muito tempo, até assumir seu papel no espetáculo. Até o século IXX, o público ia ao teatro não apenas para ver o espetáculo, mas, também, para ser visto e ver outras pessoas. Foi a partir de 1876, durante a apresentação das óperas de Richard Wagner que a luz teatral passou a servir apenas o palco.  

Nos dias de hoje, com as novas tecnologias que se aprimoram e expandem a cada dia, a iluminação teatral atingiu requintes jamais imaginados.

Porém, quem realmente ilumina os palcos é o ator. É o ator dando vida à personagens, à textos dos mais variados gêneros e estilos, quem irradia a luz que o espectador absorve e que absorve o espectador, luz levada para casa e, muitas vezes, para a vida. Também o bailarino, o dançarino irradiam a magia dessa luz. Como o é o músico fundindo-se ao seu instrumento, à partitura, à música. 

Você é essa luz. Como artista nos palcos ou na vida. E como diz “Luz no Caminho”. Clássico da filosofia esotérica oriental: - “Porque dentro de ti está a luz do Mundo. A única luz que pode iluminar o Caminho”. –

E qual o caminho do artista, senão o palco, a vida.

“Se fores incapaz de percebê-la dentro de ti, será inútil procurar fora”.  Diz ainda o precioso livrinho. Esse, talvez, o maior, mais árduo e gratificante trabalho do artista. Encontrar, irradiar, compartilhar as verdadeiras ‘LUZES DA RIBALTA”.




9 comentários:

  1. Sempre aprendi muito contigo e continuo aprendendo. Belo texto.
    Muita Luz em seu caminho!!!

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    1. Obrigado Marquinho. A recíproca é verdadeira. Eu não poderia caminhar sem teu apoio, teu exemplo.

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  2. Sempre aprendi muito contigo e continuo aprendendo. Belo texto.
    Muita Luz em seu caminho!!!

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  3. Poxa, Caetano, fico muito contente em saber que você está bem e continua ai firme no seu ofício, e toda essa dedicação com a arte! Achei muito bacana a introdução! Vou ler o seu livro com certeza. Continue sempre com essa sua Luz natural e sucesso! Esse é o meu desejo para você, sempre! Grande Abraço, Mestre Queridão!

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    1. Sou eu, Caetano, o Juninho. Não tenho ideia porque saiu esse nome! rsrs.... Não te disse que sou meio Ogro com essas tecnologias! kkkkkk.... Abração!

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  4. E qual o caminho do artista, senão o palco, a vida. Gratidão por ter me apresentado "As Luzes da Ribalta'


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  5. Por vezes não notamos essa luz interior que nunca morre, que fica escondida. Mas, sempre que a irradiamos, deixamos mais felizes aqueles que nos rodeiam. É isso que você tem feito, agora e sempre, obrigado.

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