A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM
A CONSTRUÇÃO DO ATOR
A DESCONSTRUÇÃO
DO SER
“Todo ato de criação é,
antes de tudo,
um ato de destruição.”
Pablo Picasso
O ator para
conseguir sentir o tablado e as luzes da ribalta tem um longo e árduo caminho
diante de sí. Tem uma montanha, ou uma escada, como já discutimos, a galgar com
vários patamares a serem alcançados, compreendidos, conquistados.
Tem personagens
a serem construidos. Um ator a construir. E um ser a desconstruir.
Na construção da
personagem: a partir de um texto ou de uma idéia; da proposta e orientações de
um diretor, o ator deve dar vida a um ser real ou fictício. Indo além do texto,
quando na representação de uma personagem histórica: D. Pedro I ou II, Marat,
Marquês de Sade, Van Gogh ou Bethoven, por exemplo, precisa debruçar-se sobre
sua biografia, sua gênese. Quando a personagem for fictícia deve criá-la.
Acima de tudo
uma boa personagem precisa de um bom esteio, de uma base sólida: o ator.
Assim como na
construção da personagem a construção do ator deve fundamentar-se no estudo
profundo: no conhecimento, domínio e constante aperfeiçoamente de seu corpo,
sua voz, seu intelecto, sua cultura.
O ser carrega o
ator que por sua vez da vida à personagens.
Como seres
humanos somos fruto da história, da nossa gênese, da nossa origem, de um país,
de um meio, de uma cultura.
Ser que precisa
ser desconstruido para que surja o artista.
Na descontrução
do ser encontramos o artista criador, que vai além de conceitos e preconceitos,
de escolas e alfarrábios para dar origem a uma nova luz.
Luz que
desbravará novos caminhos, cortará as amarras que tornam o impossível, possível
Como dizia
Picasso: “Todo ato de criação é, antes de
tudo, um ato de destruição.”.
Abordo esse tema em meu livro:
https://clubedeautores.com.br/livro/luzes-da-ribalta-2